Triste fim de Yure.

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sexta-feira, 19 de julho de 2013,

14:05

Será

que nunca terei paz afinal? Quando tento me vingar de algo, ela

sempre quer se vingar da minha vingança! Alguém tem que ler mais

Thomas Hobbes...

Depois que eu coloquei uma

fralda na Vitória, ela ficou puta comigo e começou a me caçar

pelas planícies. Eu fugi dela, fugi como mulher raivosa, segurando a

câmera contendo as fotos que tirei dela. Acho que ela não tem senso

de ridículo; ela imediatamente começou a me perseguir assim que

percebeu que estava de fraldas, sem nem sequer se cobrir antes.

Estávamos os dois correndo quase nus na planície, eu fugindo e ela

me seguindo.

Com meu corpinho sarado de quem

come indiscriminadamente, eu não iria mesmo conseguir ir longe. Já

estava ficando cansado. Minha velocidade diminuía e Vitória sabia

disso. Ela, ao contrário, estava em ótima forma, não mostrava

sinais de cansaço. Eu precisava pensar e pensar rápido, mais rápido

do que minhas forças se exauriam.

Vitória então conseguiu me

alcançar. Ainda estávamos correndo feito loucos, contudo, mas ela

estava à uma pata de distância de mim. Tentei correr para a

esquerda, mas ela me bloqueou, pulando na minha frente. Ela sorriu,

mostrando aquele par de incisivos obscenos. Logo, corri novamente, na

direção oposta. Mas ela era rápida e ágil. Vitória pulou sobre

mim e me bloqueou novamente. Minhas pernas estavam tremendo e

pareciam meio dormentes de tanto correr. Eu já deveria ter perdido

uns quinze quilogramas só naquela fuga. Ela começou a correr na

minha direção novamente e eu corri para fugir. Minha velocidade

estava muito baixa, mas ela não parecia interessada em me pegar,

porque estava correndo mais devagar também. Olhei para trás e vi

aquele sorriso diabólico de sempre. Quando olhei para frente,

percebi o que ela queria; havia um buraco enorme, de cerca de oitenta

metros de diâmetro, no meio da planície. Subitamente, ela aumentou

a velocidade. Eu não iria conseguir fugir e agora suas intenções

eram claras. Ela estava me levando para cá esse tempo todo, aquela

diaba!

Cansado, fui forçado a parar.

Ela correu ainda mais rápido e me deu uma voadora de duas patas, me

fazendo rolar para frente e cair no buraco.

Comecei a gritar ao passo que a

minha velocidade em direção ao fundo, se é que tinha fundo aquilo,

aumentava. Eu caía cada vez mais rápido e o vento cruzava meus

pelos, bagunçando-os. Desesperado, eu gritava cada vez mais alto à

medida que eu me afastava do topo. Não haveria chance de alguém me

salvar agora. Fechei os olhos e senti o vento ficar ainda mais

intenso. Comecei a chorar, minhas lágrimas secando quase

imediatamente por causa da velocidade da queda. Depois de vários

minutos caindo, não havia mais luz, a não ser por uma pequena

estrela acima de mim que era a borda do buraco. O diâmetro do buraco

parecia aumentar até eu não mais ser capaz de ver as paredes. Eu

caía num largo espaço completamente vácuo.

Após horas caindo, perdi

totalmente a esperança de sair dali. Eu tinha que urinar e defecar

já. Mas não havia jeito de eu trocar minha fralda àquela altura

(ou deveria dizer profundidade?). Não me importando mais, empurrei a

urina, o jato forte e constante encheu minha fralda, ensopando-a. As

fezes vieram logo depois, expandindo o assento da minha fralda,

aquecendo-a rapidamente. Aquela seria uma longa queda...